Atualmente
vivemos num mundo onde as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) estão
fortemente presentes e têm uma enorme influência sobre o universo educativo. As
TIC são ferramentas que nos facilitam certas tarefas e estão presentes na nossa
vida quotidiana sem que por vezes nos apercebamos disso. A televisão, o
telemóvel, o tablet, o computador, os videojogos são exemplos de TIC com as
quais estamos em contacto diário.
Nem
sempre é fácil, enquanto professor, lidar com estas questões na sala de aula uma
vez que a utilização destes equipamentos requer algum conhecimento. Segundo
João Paz (2008), os professores mais antigos tendem a excluir
a utilização das TIC no processo de ensino-aprendizagem, focando-se apenas no
método de ensino tradicional. Esta rejeição é justificada pelo facto de estes
não acrescentarem nada de relevante para a aprendizagem. A sua utilização
“obrigaria a reformular conteúdos, estratégias e materiais didáticos à muito
utilizados, seja pela falta de recursos que ainda prevalece na escola.” (Paz, 2008) .
O
grupo discorda da afirmação anterior na medida em que o facto de as crianças
hoje em dia terem um contacto muito forte e desde muito cedo com a tecnologia
faz com que se sintam desmotivados ao chegar a uma sala de aula e não estarem
implementadas medidas que incluam a as tecnologias na aprendizagem.
Consideramos que o facto de o professor, atualmente, incluir as TIC no seu
método de ensino faz com que o aluno se sinta mais motivado o que torna aquela uma
experiência significativa que levará a uma aprendizagem efetiva. Segundo
António Figueiredo (Figueiredo, 2000), a “(…) aprendizagem adquirida nas escolas
representa, hoje em dia, uma parcela cada vez menor da aprendizagem que se
adquire no dia-a-dia”. O facto de incluir jogos ou dinâmicas que incentivem os
alunos faz com que estes aprendam de forma inconsciente e lúdica. De acordo com
Daniela Costa (Costa, 2015), este facto também ajuda a diminuir a pressão colocada sobre o aluno no processo
de ensino-aprendizagem.
As
TIC devem ser integradas no currículo dos alunos com o objetivo de aprender,
rever ou consolidar conhecimentos. Atualmente, estas percorrem diversos níveis
de ensino. Assim, devem ser contextualizadas aquando da sua utilização para que
se tornem significativas para a turma.
O grupo considera que as
TIC podem ser encaradas como uma opção, mas também como uma necessidade. Uma
opção porque depende da formação inicial dos professores, do grupo com o qual
estão a trabalhar e dos recursos disponibilizados pela instituição de ensino. A
formação inicial de professores encontra-se em constante evolução, o que faz
com que os formados recentemente estejam mais preparados e despertos para este
tema e para a importância que este tem para as crianças atuais. Segundo o autor João Paz, “As formações de há
vinte anos são já diferentes das que se fizeram há dez e ainda mais das que se
fazem atualmente.” (Paz, 2008) . A turma também é um fator que influencia na decisão do professor integrar, ou não, as TIC na
sua prática pois como refere Patrícia Fidalgo (Fidalgo, 2009) no ensino superior encontramos uma
grande heterogeneidade nas turmas onde encontramos alunos que saíram
diretamente do ensino secundário e alunos com uma faixa etária superior “que
apresentam competências muito distintas na utilização” das novas tecnologias.
Com o alargamento do
conceito de literacia, as TIC começaram a ser encaradas como uma necessidade
“(…) tecnologias de comunicação criaram um ambiente cultural totalmente diferente,
reconfiguraram o papel da linguem verbal, mormente da palavra escrita, passando
a ser apreciada, a par de outras formas de expressão simbólica, onde se incluem
imagens, sons, música e formas eletrónicas de comunicação” (Botelho, 2005) . As diferentes tecnologias de
informação e comunicação estão presentes desde cedo na vida da criança, logo é
importante que a escola corresponda às suas necessidades para que esta não se
encontre totalmente desligada da vida quotidiana dos alunos. A ideia de que a
escola não está disponível para a implementação das novas tecnologias está a
começar a ficar ultrapassada, pois existe sempre uma tecnologia presente na sala
de aula.
Concluindo, consideramos
que tanto professores como alunos ficariam a ganhar se as TIC fossem utilizadas
com mais regularidade de modo contextualizado e com objetivos bem definidos.
Contudo, esta utilização por si só não faz do docente um bom ou mau
profissional, nem garantem o sucesso do grupo. “As novas tecnologias não são a
pedra filosofal para o sucesso educativo” (Paz, 2008).
Bibliografia
Botelho,
F. (2005). Textos e literacias. Setúbal na Rede.
Costa, D. (2015). O jogo no processo de
ensino-aprendizagem no 1º Ciclo do Ensino Básico . Lisboa: Escola
Superior de educadores e infância Maria Ulrich.
Fidalgo, P. (2009). O ensino e as tecnologias de
informação e comunicação.
Figueiredo, A. D. (Outubro de 2000). Novos media e
velha aprendizagem. Novo conhecimento\nova aprendizagem. Lisboa:
Universidade de Coimbra.
Paz, J. (2008). Educação e novas tecnologias. Setúbal
na Rede.
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