Atualmente, quase toda a sociedade utiliza
frequentemente a internet, seja para fins profissionais, académicos ou de
lazer. Importa saber se todos os seus utilizadores o fazem de uma forma segura
e se conhecem todos riscos associados à sua utilização.
A “Internet
das coisas” está a desenvolver-se muito rapidamente, são vários os aparelhos do
quotidiano que já possuem ligações aos smartphones e aplicações que os
controlam, como refere Pedro Oliveira “a Internet das Coisas (…) retrata a
proliferação de dispositivos que deixaram de estar mudos a partir do momento
que ganharam conectividade” (Oliveira, 2016) . Uma falha de
segurança informática é o suficiente para ficarmos desprotegidos perante os
hackers, pois estes conseguirão ver e ouvir tudo o que fazemos a partir desta
conectividade existente nos aparelhos. Uma empresa verificou diversos
equipamentos e constatou que “(…) todos controlados através de smartphones (…)
a maioria destes dispositivos é vulnerável” (Sem
autor, 2016). Estas falhas informáticas têm, agora, um grande poder
destrutivo e por isso “o mercado negro de venda de falhas de segurança
informática é, provavelmente, um dos mais ativos e lucrativos do mundo”. (Oliveira, 2016) .
Enquanto utilizadores de dispositivos
conectados com a Internet, devíamos ter práticas seguras e conscientes. É então
que surge a pergunta: Será que todos nós fazemos uma utilização segura dos
smartphones, computadores e de outros aparelhos? Segundo Belanciano “(…)
dir-se-ia que a única solução é não colocar nada na internet que seja passível
de se virar contra nós”. Esta afirmação, pode ser interpretada como um
principio que devemos seguir, mas que por si só não chega. Quando vivemos
ligados às tecnologias de informação e comunicação, é difícil não cometer
erros, pois vivemos cada vez mais dependentes das mesmas. Utilizamo-la para
diversos fins, tais como: compras em diversos setores, reservas, pesquisas,
socialização entre outros. Segundo Vasconcelos “Comum a todas estas transações
é a entrega de dados e, consequentemente, a partilha de informação relevante a
propósito de cada um. O custo de tudo isto é a insegurança” (Vasconcelos,
2016) .
Portanto, devemos saber reconhecer as suas potencialidades, mas também os
riscos que lhe estão associados.
Segundo o professor João Torres, as
tecnologias facilitaram a comunicação, permitiram novas formas de aprendizagem,
novas formas de comunicação, interações em direto entre outros. Contudo,
devemos ter alguns cuidados sempre presentes, tais como: com os conteúdos a que
acedemos, com a transmissão de dados pessoais, com as burlas e com os links que
a elas estão associados, pois aparecem muitas vezes como publicidade, com a
webcam que segundo Vasconcelos “A câmara do nosso computador ou de um smartphone
pode estar a captar tudo o que estamos a fazer” (Vasconcelos, 2016) , com as fotos que publicamos, entre
outros. É de realçar que nem tudo aquilo que vemos através do computador é
fidedigno, por essa razão devemos ter especial atenção quando falamos com
alguém desconhecido, quando fazemos compras online em sites ou páginas pouco
credíveis ou até quando vemos uma foto que nem sempre traduz a realidade. Segundo
Vasconcelos “(…) temos práticas pouco cuidadas que fazem com que seja cada um
de nós o nosso pior inimigo (…)” (Vasconcelos, 2016) .
Deste modo, é importante mantermos os nossos
equipamentos o mais seguros possível, mantendo-os sempre atualizados, com um
antivírus instalado que seja corrido frequentemente. Como refere Vasconcelos
“De momento as melhores práticas parecem ser, para além do bom senso e juízo na
utilização da tecnologia, a manutenção dos equipamentos o mais atualizados
possível para que falhas de segurança vão sendo reparadas” (Vasconcelos, 2016)
Por fim, considero que a sociedade atual
ainda não está totalmente consciente dos perigos associados à Internet e aos
novos dispositivos do quotidiano conectados com a mesma. Por isso, é necessário
alertar todas as faixas etárias para a importância deste tema. Torna-se assim,
imprescindível que os educadores e os professores desenvolvam um trabalho com
os alunos, com os pais e com as famílias no âmbito das tecnologias de
informação e comunicação, mais direcionado para a segurança na internet, pois é
inevitável que esta não faça parte do quotidiano da geração atual e das
gerações futuras. Segundo (Félix & Gil, 2015) “ainda há muito a fazer
na prevenção para uma utilização segura da Internet. A grande maioria dos
participantes, apesar de ter consciência dos perigos que a utilização da
Internet poder vir a promover, desconhece as principais ferramentas digitais
que permitem uma utilização segura”.
Discente: Diana Martins, nº 140142017
Bibliografia
autor, S.
(22 de novembro de 2016). Internet das Coisas tem muitos benefícios mas
deve ser usada com algum cuidado. Obtido de SapoTek:
http://tek.sapo.pt/noticias/internet/artigo/internet_das_coisas_tem_muitos_beneficios_mas_deve_ser_usada_com_algum_cuidado-49539ust.html
Belanciano, V. (22 de novembro de 2016). Não são
apenas as celebridades que estão a nu na internet. Obtido de Público:
https://www.publico.pt/2014/09/03/culturaipsilon/noticia/nao-sao-apenas-as-celebridades-que-estao-a-nu-na-internet-1668563
Félix, C., & Gil, H. (2015). A Segurança na
Internet – Utilização da Internet como recurso educativo no 1º Ciclo do
Ensino Básico. Em Investigação, Práticas e Contextos em Educação (pp.
66-71). Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto
Politécnico de Leiria.
Guerreiro, A. (22 de novembro de 2016). A máquina
Google. Obtido de Público:
https://www.publico.pt/2014/07/18/culturaipsilon/noticia/a-maquina-google-1663271
Oliveira, P. M. (22 de novembro de 2016). Quem
vigia a Internet de Todas as Coisas ? Obtido de Exame Informática:
http://exameinformatica.sapo.pt/opiniao/2016-11-16-Quem-vigia-a-Internet-de-Todas-as-Coisas-
Torres, J., & Rodrigues, R. (novembro de 2014).
Segurança na Internet.
Vasconcelos, P. (22 de novembro de 2016). O
surfista e a onda: fraude na internet. Obtido de Visão:
http://visao.sapo.pt/opiniao/silnciodafraude/2016-11-03-O-surfista-e-a-onda-fraude-na-internet
Sem comentários:
Enviar um comentário